sexta-feira, 10 de abril de 2009

FAÇA O QUE DIGO, NÃO FAÇA O QUE EU FAÇO?

Um leitor postou um texto, supostamente de autoria de Thiago Moreira, o grande investigador:

Anônimo disse...

"Jornalismo impresso: A sagacidade da imparcialidade
Ser auto-suficiente. Essa seria uma realidade “inédita” para a imprensa de João Monlevade. Isso porque, grande parte dos órgãos de comunicação da cidade depende da verba de órgãos públicos, principalmente do Poder Executivo. Essa dependência gera um problema: para garantir o dinheiro, a imprensa fica vulnerável, pois quem tem a máquina pública nas mãos tem soberania para escolher onde e em que órgão investir. Aí está a dúvida. Será que um órgão de comunicação, que tem apoio da prefeitura criticaria o seu parceiro e principal cliente? 
Não. Os jornais se dizem “imparciais” e buscam credibilidade, mas precisam de dinheiro para sobreviver. Os políticos precisam ser reeleitos, mas, sem a divulgação de seus atos, a população não toma conhecimento do que está acontecendo. É aí que entra a imprensa. A relação é de interdependência e, portanto de liberdade, certo? Errado. Mas, como a mídia já nasceu como uma máquina capitalista, desde a prensa de Gutemberg, quando os impressos passaram a ser produzidos em série, aumentando, conseqüentemente, a tiragem e possibilitando a venda, essa relação já foi dissipada na raiz.
A imprensa tem saída? Tem e é simples. Para isso, ela não poderia esquecer quem realmente a financia, ou seja, a população, que paga impostos e permite que a Prefeitura despache a verba para os jornais. Portanto, ela (a imprensa) não serve aos órgãos públicos e sim aos munícipes. Estes, por sua vez, têm o direito de escolher em que órgão de imprensa investir e caberia à Prefeitura realizar pesquisas neste sentido. Por que isso não acontece? Porque não é conveniente, politicamente falando. Porque o homem é naturalmente corrupto. É o clichê: “quem tem poder compra poder”. E assim continua a história da imprensa monlevadense, recheada de censura, vivendo numa ditadura disfarçada, onde o capital vale mais que a moral e a imparcialidade. 
Cheguei à conclusão, após pouco mais de um ano em exercício da profissão, de que para ser repórter neste “mundo de compadres”, temos que ser sagazes para buscar a tão sonhada e utópica imparcialidade, além de aprender que engolir seco é nossa atividade diária, chego a pensar nisso, até mesmo como uma virtude. Mas até quando? 
Thiago Moreira Gonçalves"


Gostaria que o Thiago - que agora trabalha na Rádio Cultura e que adotou em sua vida profissional, inclusive no seu blog, a ideologida da referida radio influenciada por Mauri Torres - confirmasse a autoria do texto. Seria a confirmação da máxima "faça o que digo, não faça o que eu faço"...

Um comentário:

  1. thiago eu sei q nao foi quem postou pois o mesmo se encontra viajando...e lá, nem internet tem!

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Ao contrário de alguns blogs cujos donos são "democráticos" conforme suas próprias conveniências, a postagem aqui é livre e sem censura....